Sinergia CUT no evento que marcou os 50 anos de amizade de Brasil e China
Sinergia CUT participou do seminário sobre o jubileu de ouro das relações diplomáticas entre Brasil e China, promovido pelo site Brasil 247 e pela TV 247, no dia 01 de agosto, em Brasília
Escrito por Débora Piloni 2 de agosto de 2024Para comemorar os 50 anos da relação diplomática entre Brasil e China, o site Brasil 247 e a TV 247 realizaram um evento nesta última quinta-feira (1), no B Hotel, em Brasília: “Brasil e China: 50 anos de amizade: Finanças verdes, descarbonização e investimentos”. Os convidados debatedores foram representantes do governo brasileiro, do governo chinês e dirigentes políticos, empresários e especialistas. Ciente da importância do tema, uma vez que essa relação fraterna entre os dois países moldou e continua a moldar o panorama internacional, a direção do Sinergia CUT decidiu pela participação no evento.
“Foi muito positiva a nossa ida ao seminário. Um dos pontos colocados foi a real necessidade da reindustrialização do Brasil. E isso é essencial para que possa ser retomado o desenvolvimento sustentável e o país continue competindo com o mundo e se torne uma grande potência. E isso tem tudo a ver conosco, pois somos indústria de energia. O mundo precisa de energia limpa e barata. Esse é um grande desafio”, afirmou Carlos Alberto Alves, presidente do Sinergia CUT.
No início do debate, tanto os representantes do governo chinês quanto do governo brasileiro fizeram um breve balanço e ratificaram a relevância dessa relação diplomática iniciada em agosto de 1974, quando o Brasil reconheceu a República Popular da China. Desde então, os países compartilham uma história de grande sucesso econômico.
Em duas mesas de debates, os participantes debateram temas cruciais para os dois países, como investimentos da China no Brasil, desenvolvimento sustentável e exportações brasileiras para a China.
Fatos
Nessa discussão foram divulgados dados e números importantes: a China é o principal parceiro comercial do Brasil que também é um importante parceiro comercial da China. No momento atual, a China é a principal investidora da Ásia no Brasil e a 8º maior considerando todos os países. Sobre a energia, dados do Banco Central relevam que, em 2023, o setor de energia foi de longe o mais relevante em termos de valor.
Foi destacado também que, durante o governo Lula, foram retomados os investimentos que fizeram superar crises de anos anteriores. Com o esforço conjunto entre governo Federal e outros setores, as vendas brasileiras para o país chinês ultrapassaram em 2023, pela primeira vez, o valor de US$ 100 bilhões, e a corrente comercial bilateral entre os países chegou a US$ 157,5 bilhões”.
No presente, olhando para o futuro
Embora a China já seja uma importante parceira do Brasil, ainda há espaço para crescimento e diversificação da pauta exportadora, assim como para expansão do setor de investimentos. Dessa forma, o Seminário fez um olhar para o futuro: provocar investimentos em energia limpa, aço verde, fazer um movimento para baratear a tarifa de energia, investimentos em empresas de carros elétricos , inovações tecnológicos, biocombustíveis, entre muitos outros.
“Apesar de o evento ter sido aberto ao público geral, poucos trabalhadores participaram. Então, com toda essa discussão, o *macrossetor industrial, do qual o Sinergia CUT faz parte, fará chegar sua pauta ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e aos demais órgãos do governo brasileiro e também do governo chinês. É preciso oficializar quais os desejos e necessidades de investimentos e fazer acontecer”, concluiu Alves.
O sindicalista mesmo explicou que o macrossetor da indústria da CUT tem buscado se fortalecer e representa os seis ramos de trabalhadores industriais: metalúrgicos, construção, vestuário, alimentação, químicos e energia. Essa entidade luta pela reindustrialização e desenvolvimento nacional.
Veja quem participou do debate:
Zhu Qingqiao, Embaixador da China no Brasil; Celso Amorim, Assessor Especial da Presidência do Brasil; Aloizio Mercadante, Presidente do BNDES; Alexandre Silveira, Ministro de Minas e Energia; Jorge Viana, Presidente da Apex; Walfrido Warde, Presidente do IREE; Larissa Wachholz, Vallya Negócios e Investimentos; Alexandre Baldy, Conselheiro Especial da BYD; Alexandre Silva D’Ambrosio VP, Executivo da Vale; Gilberto Xandó, CEO da JBS; Uallace Moreira Lima, Secretário de Desenvolvimento Comairia e Serviços; Geraldo Berger, VP de Regulatory Science da Bayer para a América Latina; Paulo Roberto Britto Guimarães, Diretor-Presidente da BAHIAINVESTE; Lucas Kallas, CFO Fearo Mineração; Hsia Hua Sheng, Vice-presidente da Bank of China (Brasil) S/A e Roberto Perosa, Secretário de Comércio do Mapa.