Sinergia CUT alerta para fake news sobre os fundos de pensão
Notícias falsas falam sobre uma suposta tentativa do governo federal de usar os fundos de pensão para turbinar o PAC
Escrito por Sinergia CUT 30 de agosto de 2024O Sinergia CUT alerta para divulgação e compartilhamento de fake news sobre uma suposta tentativa do governo federal de usar os fundos de pensão para turbinar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Essa falsa notícia começou a ser veiculada após reunião entre o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e os presidentes dos maiores fundos de pensão do Brasil, todos com patrocínio público, no último dia 21, em Brasília.
Em razão disso, muitos de nossos associados têm relatado insegurança e medo com os rumos dos planos de previdência da Vivest (Fundação Cesp). Para restabelecer a tranquilidade a nossos associados que são participantes de planos administrados pela Vivest, buscamos informações juntos às entidades que participaram da reunião, que são a Previ, a Petros, a Funcef e a Postalis, que administram os planos previdenciários dos trabalhadores do Banco do Brasil, da Petrobras, da Caixa Econômica Federal e dos Correios, respectivamente.
Todos esses fundos de pensão emitiram notas repudiando a fake news. A Previ informou que “o que foi publicado pela mídia e a sequência de reações políticas de jornalistas e alguns associados, como se estivesse ocorrido algo ilegal, não passam de ilações, fake news e oportunismo político da pior qualidade e que merecem o nosso repúdio pelo desserviço que prestam às pessoas que confiam na gestão de longo prazo de seus recursos.” Clique aqui para ler a nota completa da Previ, e, em cima dos demais nomes, para conferir a manifestação dos fundos de pensão: Petros, Funcef e Postalis.
Com base na idoneidade, no compromisso que os quatro maiores fundos de pensão estatais do país têm com seus participantes e nos esclarecimentos prestados por eles e pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) – confira aqui nota da autarquia que não participou da reunião como chegou a ser veiculado, o Sinergia informa que os assuntos tratados na reunião foram:
A – Acabar com a proibição de investir em imóveis e a obrigatoriedade de vender os que já existem nas carteiras de imóveis das Fundações, isso afeta, negativamente o sistema financeiro – bancos, seguradoras e operadoras de Bolsa de Valores – que vendem Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs);
B – Regras mais transparentes para fiscalização e investimentos em Fundos de Investimentos e Participação (Aumenta a segurança no Sistema);
C – Possibilidade de investimento em debêntures de infraestrutura, crédito de descarbonização e Fundo de investimento do agronegócio (Amplia o leque de investimentos para o Sistema de Previdência, aumenta a fiscalização e segurança nesses investimentos e em contrapartida investe no nosso país);
D – Os representantes das Fundações deixaram claro que não aceitam a marcação do passivo a mercado, por exemplo. Representantes da Fazenda têm se manifestado a favor desta tese, como condição para melhorar as regras de investimentos;
E – Maior segurança jurídica com algumas alterações no Decreto 4942/2003, notadamente em relação ao conceito de Ato Regular de Gestão.
Não houve na reunião nenhuma imposição do Governo Federal ou da Fazenda para que as Fundações invistam em obras de interesse do Estado.
No caso concreto da Vivest, todo e qualquer investimento passa por avaliação da equipe técnica, Diretoria de Investimentos, pela área de risco e compliance, devendo ser aprovado pelo Comitê Gestor de Investimentos e Previdência, pela Diretoria Executiva e, em alguns casos, pelo Conselho Deliberativo, seguindo rigorosamente as regras de investimentos determinadas pela legislação em vigor.
Eventuais e futuros investimentos em infraestrutura devem ser analisados como oportunidades de negócios e sem restrição como qualquer outro investimento demandando análise rigorosa dos projetos, do retorno, dos riscos e das garantias oferecidas.
O Sinergia CUT luta em prol dos planos previdenciários dos trabalhadores do setor elétrico paulista e conclama os participantes e assistidos dos planos na Vivest a se manterem unidos, vigilantes contra as fake news e em resistência a esses ataques.