Neste 11 de junho, a Eletrobras completa seus 62 anos com pelo menos 80% de seus trabalhadores de braços cruzados. Na base do Sinergia CUT, nas empresas de Furnas e da Eletronorte, a adesão é total (veja fotos abaixo). O objetivo da greve, iniciada na segunda-feira (10) é o fechamento de um Acordo Coletivo justo e digno para toda a categoria.

A decisão pelo movimento paredista foi tomada depois de a proposta final de Acordo Coletivo da empresa ter sido rejeitada em assembleias realizadas pelas entidades sindicais nas suas bases por todo Brasil. A empresa, que foi privatizada em 2022, insiste em cortar salários e retirar benefícios da época em que era estatal, apesar de ter anunciado o pagamento de R$ 1,29 bilhões a seus acionistas no último mês de abril.

“O que a Eletrobras chamou de proposta é, na verdade, uma minuta inacabada e cheia de lacunas, que prejudica muito a categoria. O que mais queremos com toda essa batalha é voltar a negociar”, afirma a direção do Sinergia Campinas.

A empresa se negou a participar do processo de mediação no Tribunal Superior do Trabalho (TST), justificando que, após cinco rodadas de negociações, não poderia avançar mais. Sendo assim, não deu outra alternativa para os trabalhadores a não ser lutar mais e mais! A greve foi deflagrada. E o movimento paredista segue por tempo indeterminado.

Suposta intimidação: os trabalhadores de uma das localidades da base do Sinergia Campinas foram surpreendidos na manhã desta terça-feira (11), com o desaparecimento da faixa de greve que estava fixada no  portão de entrada da empresa. A informação obtida foi que a faixa havia sido removida por uma ordem da Eletrobras. Fato inédito, ocorrido nesses novos tempos, pós privatização!

Por tudo isso, (in)feliz aniversário, Eletrobras!

Observação: Durante todo período de greve, são mantidos os procedimentos considerados essenciais para o perfeito funcionamento do sistema, conforme prevê a Lei de Greve. E a convocação de trabalhadores para a realização de quaisquer atividades de urgência ou emergência consideradas essenciais deve ser precedida de comunicação e autorização do Comando de greve dos Sindicatos.

Por melhores condições de trabalho e renda. Nossa luta transforma vidas

Com informações do CNE e da Interfurnas

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Confira cenas do segundo dia da greve na base do Sinergia CUT:

(Fotos: Sinergia CUT)