Greve: Contra as privatizações e cortes na educação, São Paulo vai parar dia 28
Paralisação na terça-feira também terá ato às 15h na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo)
Escrito por 28 de novembro de 2023Contra os projetos do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) para promover corte de verbas na educação e a privatização de importantes empesas públicas como a Sabesp, o Metrô e a CPTM, servidores e servidoras estaduais e trabalhadores e trabalhadoras dessas estatais, com apoio de outras categorias e dos movimentos sociais, irão parar São Paulo na próxima terça-feira, dia 28 de novembro, quando ocorre um grande ato, a partir das 15h, na Alesp, com concentração na entrada da avenida Sargento Mário Kozel Filho.
Em assembleias realizadas pelos respectivos sindicatos na quarta-feira (22), os trabalhadores e trabalhadoras aprovaram a greve unificada por 24 horas no dia 28. A paralisação deve afetar a circulação nas principais linhas do transporte sobre trilhos na capital e Grande SP, além dos serviços da Sabesp e as aulas nas escolas da rede pública estadual.
No Metrô, a paralisação afetará as linhas 1 – Azul; 2 – Verde; 3 – Vermelha e 15 – Prata (monotrilho). Mas, os metroviários estão dispostos a trabalhador, desde que não haja cobrança de tarifa. Inclusive, um abaixo-assinado foi lançado na última quarta-feira (22) para pressionar o governo do estado a aceitar a proposta de catraca livre durante a greve do dia 28.
Na CPTM, a paralisação contará com adesão de trabalhadores e trabalhadoras das linhas 7 – Rubi e 10 – Turquesa, que aprovam a greve por 24 horas. Já os ferroviários que atuam nas linhas 11 – Coral; 12 – Safira; e 13 – Jade aprovaram paralisação por tempo indeterminado, com compromisso de realizar nova assembleia na noite do dia 28 para avalia a continuidade ou não da greve.
Motivos da Greve Unificado de 28/11
Em coletiva à imprensa na manhã desta sexta-feira (24), na Casa do Professor, no centro de São Paulo, representantes dos sindicatos e de centrais sindicais elencam os principais pontos que levaram à Greve unificada do dia 28. Entenda:
– No dia 17 de outubro, o governador Tarcísio de Feitas (Republicanos) enviou para Alesp, em regime de urgência, o projeto de lei 1501/2023 que autoriza a privatização da Sabesp. A proposta já passou pelas comissões e está pronta para ser votada em plenário, sendo realizada apenas uma audiência pública;
– Neste mesmo dia, o governador apresentou ao Legislativo paulista a proposta de emeda à constituição estadual 9/2023 que prevê um corte de quase R$ 10 bilhões na educação paulista ao estabelecer a redução de percentual de aplicação de receitas do estado de 30% para 25% no ensino público.
– Somando a isso, os professores da rede estadual lutam contra o projeto de lei complementar 138/2023 que trata da reforma administrativa e pela alteração da Lei Complementar 1374/2022 por meio do projeto (PLC 143/2023) que, entre outras alterações, restabelece as faltas-aula.
– Após a greve do dia 3 de outubro, o governo estadual demitiu injustamente oito trabalhadores do Metrô, demonstrando prática antisíndica. Por isso, além de luta contra privatização, os metroviários exigem a readmissão desses trabalhadores.
– Já os ferroviários querem a paralisação do processo de privatização, em especial da linha 7 – Rubi, incluída no projeto Trem Intercidades (TIC), com leilão marcado para o final de fevereiro de 2024, mas as outras linhas também estão na mira do governo privatista de Tarcísio de Freitas.
“Estamos mobilizando todos os sindicatos de base estadual e os ramos cutistas, para essa greve unificada. Não podemos permitir a retirada de recursos da educação pública e nem a privatização da Sabesp, do Metrô e da CPTM, pois são empresas que prestam serviços essenciais para a população paulista”, destaca o professor Douglas Izzo, secretário de Administração e Finanças da CUT São Paulo e da Executiva estadual da Apeoesp. Ele participou da coletiva de imprensa realizada nesta sexta (24).
“Se privatizar, os serviços vão piora e as tarifas vão aumentar. Exemplo são a concessionária de energia elétrica na capital que deixou parte da população sem luz por vários dias e o péssimo serviço nas linhas de trem 8 e 9 que foram privatizadas e praticamente todos dos dias um problema provoca transtornos para a população que depende desse transporte”, conclui Izzo.
Calendário de luta
Para garantir uma grande mobilização para a greve unificada de 28 de novembro, os sindicatos, juntos com os movimentos sociais, definiam um calendário de lutas que inclui atividades de outras categorias. Confira:
Dia 27/11
6h00 – panfletagem nas estações do metrô e trens e outros locais com carta aberta à população anunciando a greve
16h00 – Assembleia Unificada das categorias que vão parar no dia 28, com votação simbólica, em frente à Câmara Municipal de São Paulo (Viaduto Jacareí, 100 – Bela Vista – Capital)
18h00 – Audiência Pública sobre a privatização da SABESP na Câmara Municipal de São Paulo (Viaduto Jacareí, 100 – Bela Vista – Capital)
Dia 28/11
13h00 – ato do SIMPEEM, em frente à Secretaria Municipal da Educação (Rua Borges Lagoa, 1230 – Vila Clementino – São Paulo) com caminha até a Alesp
15h00 – Ato na ALESP (concentração na entrada da avenida Sargento Mário Kozel Filho – Ibirapuera – São Paulo)