REPÚDIO!

Sinergia CUT exige um basta aos desmandos da Enel!

Sindicato manifesta repúdio aos ataques da empresa contra trabalhadores e representantes sindicais do Ceará. Pelo fim das perseguições e das demissões!

Escrito por Direção do Sinergia CUT 29 de outubro de 2024
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Autor da foto: Reprodução

Não basta ser a empresa apontada como a responsável pelas gravíssimas consequências do apagão que gerou o caos em São Paulo no início de outubro. Não basta ser alvo de CPI na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará. Não basta prestar um serviço de baixíssima qualidade à população. Não basta cobrar tarifas absurdas. A Enel não ficou satisfeita com esse currículo e resolveu acrescentar mais um atributo à sua atuação: perseguição e assédio moral contra representantes sindicais no Ceará. Em menos de três meses, já foram três demissões de membros do Sindeletro.

O último caso foi de Céscio Lessa Fernandes, conselheiro fiscal do sindicato, demitido em outubro sem justa causa. Assim como fez nos demais casos, o Sindicato tentou diversas vezes reverter a situação, mas a empresa manteve a decisão, alegando “baixo rendimento” do trabalhador – quando, na verdade, Céscio já vinha sofrendo perseguição: ele estava isolado no seu setor, sendo delegado para poucos serviços a ponto de ter que “pedir para trabalhar”.

E indícios apurados pelo Sindicato apontam que outros dirigentes sindicais estavam na mira das demissões, mas os desligamentos só não ocorreram devido à intervenção da entidade sindical.

REPÚDIO

O Sinergia CUT se junta com o Sindeletro e vem a público repudiar tais demissões e denunciar o cenário que está sendo construído na Enel: uma empresa que, por meio de práticas antissindicais, tenta silenciosamente enfraquecer a entidade que representa seus trabalhadores e luta pelos direitos da categoria.

Uma prática que desrespeita a Convenção 87 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que trata sobre o respeito à liberdade sindical e da qual a Enel é signatária.

Mas não para por aí. Há poucos meses, a Enel Ceará ganhou destaque na grande mídia local por anunciar novos investimentos e contratações para reforçar o atendimento à população. Mas fora da mídia, a realidade é outra: na contramão do que foi divulgado pela atual gestão, a Enel Ceará demitiu 75 trabalhadores de 2023 até o momento – sem contar os pedidos de demissão que já totalizariam 160. Muitas dessas demissões foram feitas sem qualquer justificativa e, inclusive, de trabalhadores recém-contratados pelo projeto de internalização de terceirizados.

Para além de números, trata-se de trabalhadores que dependem do emprego para o sustento familiar e que são dispensados sem sequer saber o motivo. É um projeto de desmonte, iniciado por um processo de demissões similar ao que ocorreu na Enel São Paulo, em que a empresa reduziu em mais de 50% seu quadro de pessoal nos últimos cinco anos e a população vem sofrendo as duras consequências de um serviço mal prestado. É a esse ponto que a Enel Ceará quer chegar?

Essa luta é de todos nós! O Sinergia CUT conclama os trabalhadores e as trabalhadoras da Enel a se unirem em defesa do trabalho e das entidades representativas. Fortalecidos pela coletividade, poderemos continuar juntos na defesa do trabalhador e avançar na luta por uma energia barata e de qualidade para todos brasileiros. Juntos somos mais fortes!

Direção do Sinergia CUT

Com informações do Sindeletro

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