Mulheres: Sinergia CUT começa o primeiro FormaSin Mulher
Coletivo de Mulheres e Área de Formação do Sinergia CUT começam, a partir desta quinta (5), o primeiro encontro do curso de capacitação para sindicalistas, contando com a participação especial de Junéia Batista
Escrito por : Lílian Parise, Comunicação do Sinergia CUT 6 de setembro de 2024Mulheres e homens – dirigentes, trabalhadoras e sindicalistas de oito estados brasileiros – participam da abertura do primeiro FormaSin Mulher na tarde desta quinta-feira (5). É só início da construção de um espaço formativo permanente para fortalecer a luta por igualdade de gênero e o combate a qualquer discriminação, violência, assédio moral e sexual.
A inciativa é do Coletivo de Mulheres e da Área de Formação do Sinergia CUT e partiu da análise conjunta de que é preciso intensificar a participação feminina nos sindicatos e ousar novas formas de fazer e de pensar, explicam Rosana Gazolla (coordenadora do Coletivo de Mulheres) e Mário Macedo Neto (diretor de Formação).
O tema principal do curso é “Fortalecendo a liderança feminina no movimento sindical brasileiro”, começando com o Feminismo e com a participação virtual da assistente social e ex-secretária de Mulheres da CUT Nacional, Junéia Batista. O encontro acontece em formato híbrido, presencialmente na sede do Sinergia CUT, em Campinas, e virtualmente para a participação de dirigentes de entidades e de várias categorias.
Protagonismo das mulheres
Durante a abertura, Gazolla dá as boas-vindas ao público e convida dirigentes eletricitários para breve saudação: Marcelo Fiorio (FNU), Esteliano Neto (Fruse), Carlos Alberto Alves (Sinergia CUT), Claudinei Cecatto (Sinergia Campinas) e Mário Neto.
Por unanimidade, todos concordam que a sociedade é patriarcal, é machista, mas que é preciso aprender a valorizar o protagonismo das mulheres para garantir, juntas e juntos, o avanço rumo a uma sociedade mais justa e igualitária.
“Empoderamento nos espaços de poder”
Junéia Batista fala em seguida. através de vídeo, para abordar a história do feminismo no mundo, no Brasil, no mercado de trabalho, nos movimentos popular, partidário e sindical. “A gente precisa lutar por melhores condições de trabalho e salários decentes, mas principalmente pelo empoderamento das mulheres nos espaços de poder”, afirma a sindicalista e militante feminista.
E continua: “As mulheres precisam ocupar espaços considerados masculinos, lutar por salários iguais, mas também pelo direito aos principais cargos em sindicatos, entidades, partidos e movimentos. Sem falar que ainda somos vítimas de vários tipos de violência, responsáveis pelos cuidados familiares e trabalhos domésticos”.
“Mas a principal mensagem que quero deixar é que precisamos ser unidas e empoderadas, falar sobre isso entre nós, com afeto, com acolhimento. Debater e lutar na hora certa no lugar certo. Aí não tem para ninguém”, continua.
“Super importante também contar com a participação dos homens até para debater a violência e a masculinidade tóxica. Quem sai ganhando é a classe trabalhadora”, conclui. Ao final, manda saudações cutistas, feministas, antirracistas, antietaristas, antigordofóbicas e anti-homofóbicas para todas e todos.
O primeiro módulo do FormaSin Mulher termina com um vídeo da música “Triste, louca ou má” da banda Francisco, El Hombre e um café para quem participa do encontro presencialmente.
Em outubro
Curso de capacitação e formação, o FormaSin Mulher continua em 10 de outubro com a pauta “Resgatando a História e Fortalecendo a Luta Feminina no Sindicalismo”, com palestra de Márcia Viana, secretária de Mulheres da CUT-SP.